sexta-feira, 8 de abril de 2011

AOS SETE CONTOS DO NAVEGADOR

Que o frio invada sua calma
Ao inverno que cai em janeiro,
De quando jovem desejo amor
A transformar o mundo inteiro;

Das sombras que cantam
No pagão fevereiro,
De que jovem se perde amor
Pra falsas notas de soneto;

As folhas secas ao chão
Nos caminhos da primavera de março
De quando jovem quis amor
Descrito em letras ou em traços;

Dos ventos secos ao norte
Que percorrem abril
De quando jovem chorei de amor,
Amor de jovem cego e febril;

Das chuvas que sentia
Nas horas de maio,
De um simples jovem que amou
E um dia de antigo (...) falho;

Dos momentos lentos
Do mês de junho,
Do jovem amante
Com flores em punho;

Formar-se-ão lembranças
Quando início de julho,
Ao coração de jovem
Que por amor faz barulho;

 Desejo aos olhos
Que ao mês de agosto
Enxergue a vida jovem
Que por amor tem desgosto;

Desejo que o sol recaia
Aos pés de setembro,
De quando jovem quis amor
E quando velho de amor me lembro;

E o tempo molda
Tal dor em outubro,
Que pelo ano todo
Com amor reduzo;

E ao passo a frente
Que minha vida dá em novembro
Que ainda jovem tinha amor
E quando velho, amor tenho;

Desde o início
A chegar dezembro
Devolvo a vida de jovem amante
À ilusão que escrevendo venho.


Sandro Augusto - 2ª série - Noturno Diferenciado

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